Resultados de sequenciamento genético, realizado com amostras positivas para SARS-CoV-2 provenientes de 30 municípios de Rondônia, indicam predominância da variante Ômicron, entre as variantes em circulação no estado. Ao todo, de 254 amostras positivas para Covid-19, 239 foram caracterizadas como variante Ômicron.
De acordo com Deusilene Vieira, pesquisadora em Saúde Pública e chefe do Laboratório de Virologia Molecular, a maioria das amostras analisadas foi caracterizada como variante Ômicron demostrando a sua predominância, desde janeiro deste ano. O sequenciamento genético foi realizado em colaboração com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RO) e o Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), e, também, por meio de parceria com a Rede de Vigilância Genômica da Fiocruz.
A pesquisadora esclarece que a maioria dos casos analisados evoluiu para a cura, e uma pequena parcela dos pacientes necessitou de hospitalização e/ou acompanhamento. Dois indivíduos do sexo masculino, com 76 e 90 anos respectivamente, moradores de Guajará-Mirim, vieram a óbito neste período.
Deusilene Vieira faz um alerta para a necessidade de manutenção das medidas preventivas e, principalmente, em relação ao cumprimento do esquema de vacinação. Segundo ela,
A vacina é o meio mais seguro e eficaz comprovado pela ciência. Uma vez infectado pelo vírus SARS-CoV-2, se o indivíduo estiver devidamente vacinado e com doses de reforço, ele terá maiores chances de não evoluir para as formas mais graves da doença”.
Em Boletim Epidemiológico divulgado pela Fiocruz, no dia 1º de junho, referente à Semana epidemiológica 21 (que corresponde ao período de 22 a 28 de maio), a Covid-19 já responde por 59,9% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, com identificação viral nas últimas quatro semanas mantendo-se em tendência de aumento.
Segundo a atualização, 19 das 27 capitais analisadas apresentam sinal de crescimento na tendência a longo prazo (últimas seis semanas). Na região Norte, Macapá, Manaus, Porto Velho e Rio Branco estão em nível considerado alto de transmissão comunitária.
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Texto: José Gadelha
Fotos: José Gadelha/Laboratório Virologia Molecular