Fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles transmitem o parasita da malária aos humanos quando se alimentam de sangue. O hábito de se alimentar de sangue à necessidade de produção e desenvolvimento de ovos para manter o ciclo de vida dos mosquitos.
Entre as espécies vetoras da malária humana no Brasil, três delas são produzidas e submetidas à infecção artificial na PIVEM: Anopheles darlingi é o principal vetor relacionado a malária humana na Bacia Amazônica e em Rondônia, e é também a espécie mais abundante nas áreas endêmicas. A colônia de An. darlingi foi estabelecida por nossa equipe em 2018 e, até o momento, somos o único laboratório que possui colônia de An. darlingi no Brasil, com produção em massa para fins científicos.
Anopheles deaneorum é considerado vetor secundário da malária no Brasil, mas é uma espécie com susceptibilidade ao P. vivax e P. falciparum muito semelhante ao Ny darlingi em infecções artificiais.
A colônia de An. deaneorum foi estabelecida no mesmo ano da colônia de An. darlingi e apesar dessa colônia já ter sido estabelecida em 1999, atualmente somos o único laboratório com produção em massa dessa espécie de mosquito.
Anopheles aquasalis habita regiões litorâneas da costa brasileira e tem sido utilizado há algum tempo em modelos experimentais de infecção com P. vivax. Essa colônia foi estabelecida em 2006 por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas e atualmente é colonizada por vários laboratórios do Brasil.