Olhares atentos a cada explicação e, por todos os lados, não faltavam cartazes, desenhos, maquetes e objetos retratando o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Até um cenário com pneus, latinhas de refrigerante e garrafas pet foi montado para que os alunos pudessem aprender, na prática, quais são os ambientes de reprodução preferidos do mosquito transmissor da dengue e outras doenças.
Os pequenos também tiveram a oportunidade de conhecer parte do acervo entomológico do Laboratório de Entomologia da Fiocruz RO, e receberam explicações sobre as etapas de desenvolvimento do mosquito, desde a fase inicial até tornarem-se adultos, examinando ovos, larvas e pupas de mosquitos vivos, com auxílio de lupas de mão.
A ação foi desenvolvida na Escola Municipal de Educação Fundamental Flamboyant, no bairro Cascalheira, em Porto Velho, na última sexta (12/04), por pesquisadores do Laboratório de Entomologia da Fiocruz Rondônia. A pesquisadora em Saúde Pública Genimar Rebouças Julião, responsável pelo laboratório, explica que a atividade ocorreu dentro de uma programação já realizada pela escola Flamboyant e buscou aproximar os alunos de uma realidade desconhecida, unindo as pesquisas desenvolvidas pelo laboratório e a proposta pedagógica da instituição.
A ideia do projeto “Ciência na Escola – Flamboyant no combate ao mosquito Aedes” é mostrar aos alunos, de uma forma lúdica e envolvente, como se dá o ciclo de reprodução do Aedes aegypti, “além de repassar orientações sobre prevenção e formas de eliminação dos criadouros do mosquito”, reforça o biólogo e professor da escola Flamboyant, Gonçalo Monteiro Soares, coordenador do projeto.
Segundo ele, a escola também desenvolve o projeto Integrador e, neste bimestre, os alunos aprendem sobre os invertebrados. Em relação ao mosquito Aedes aegypti, a proposta é que os estudantes identifiquem as diferentes fases do ciclo de vida do mosquito, reconhecendo a sua metamorfose. É nesse cenário que entram as pesquisas das formas de prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes e a importância dos trabalhos apresentados pelo Laboratório de Entomologia da Fiocruz RO. “Como eu já desenvolvia o projeto Ciência na Escola, eu os convidei para que pudessem aliar o conhecimento científico aos conteúdos abordados em sala de aula pelos professores, sem contar que estamos localizados numa área extremamente vulnerável e suscetível aos casos de dengue e outras doenças provocadas pelo Aedes aegypti”, acrescenta o professor.
Texto: José Gadelha
Fotos: José Gadelha