A Fiocruz Rondônia esteve presente no maior encontro de Tecnologia e Inovação da América Latina, o Rio Innovation Week. O evento ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 16 deste mês, e contou com centenas de palestrantes convidados nacionais e internacionais, mais de 1000 startups e quase 200 expositores. Representando a Fiocruz Rondônia, Fernando Zanchi, que é pesquisador em Saúde Pública e Doutor em Biologia Experimental pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), apresentou um de seus projetos idealizados no Laboratório de Bioinformática e Química Medicinal, o “Kit para prospecção de novos fármacos”, um teste bioquímico criado para facilitar a descoberta de novos medicamentos.
Atualmente, os estudos de prospecção de fármacos utilizam as fases obrigatórias de cultura de células e teste em animais. Ambos necessitam de laboratórios altamente especializados, de altíssimo custo e de difícil acesso. “Em nossa proposta, utilizando técnicas de Bioinformática e Biotecnologia, padronizamos um protocolo completo para um teste bioquímico capaz de “pescar” novas moléculas que podem funcionar como fármacos contra várias doenças”, esclarece o pesquisador.
Segundo Fernando Zanchi, a nova proposta apresenta kits para malária, leishmaniose e dengue e a origem das moléculas candidatas a novos fármacos pode ser as mais diversas como da biodiversidade amazônica. O pesquisador defende que é preciso fomentar cada vez mais a inclusão da pesquisa desenvolvida no Norte do Brasil no cenário nacional e internacional, e “oportunidadades como o Rio Innovation Week se configuram como importante estratégia de valorização dos nossos estudos, além de promoverem o contato entre a comunidade científica e possíveis investidores”.
No laboratório de Bioinformática e Química Medicinal, na Fiocruz Rondônia, Fernando Zanchi está a frente de estudos que buscam, dentre seus objetivos, apresentar soluções tecnológicas a graves problemas de saúde que afetam as populações da Amazônia, além de contribuir com a formação de mestres e doutores na Pós-graduação em Biologia Experimental (PGBIOEXP/Unir/Fiocruz Rondônia), e Rede BIONORTE.
Texto: José Gadelha
Fotos: Acervo Fiocruz