APRESENTAÇÃO
O Laboratório de Neuro e Imunofarmacologia (NIMFAR) iniciou suas atividades em 2013, com a chegada do pesquisador Dr. Quintino Moura Dias Júnior, mas se estabeleceu oficialmente em 2017, com a proposta de desenvolver pesquisa empregando modelos experimentais de doenças que afetam o sistema nervoso periférico e central, e o sistema imune.
Através de modelos experimentais em camundongos, o laboratório tem desenvolvido estudos na busca do melhor entendimento dos aspectos fisiopatológicos de doenças crônico-degenerativas, especialmente associadas a doenças infecciosas como a malária, bem como na avaliação do potencial de farmacológico de compostos de origem natural, semi-sintéticos e sintéticos para o tratamento destas doenças.
Complementando os modelos animais, o laboratório também aplica ferramentas de farmacologia clássica (fármacos agonistas e antagonistas), métodos de biologia celular (histoquímica e imuno-histoquímica) e métodos de biologia molecular (ELISA, PCR, Western blot) quando necessário. Desta forma, o laboratório tem como missão contribuir para a geração de conhecimento e de estratégias terapêuticas para o enfretamento das doenças crônico-degenerativas tais como neuropatias, transtornos do humor e da ansiedade, cânceres e de doenças neuro-inflamatórias crônicas cujo os impactos em Saúde Pública são devastadores.
O laboratório também tem se dedicado a estudar novas estratégias farmacológicas de controle de insetos vetores de doenças através da modulação de seu comportamento e de seu sistema imune. Para isto, avalia o efeito de compostos de origem natural, semi-sintéticos e sintéticos sobre o comportamento, especialmente locomotor, e sobre a resposta imune, especialmente dos hemócitos de mosquitos de forma a induzir prejuízo em sua capacidade de transmitir doenças sem necessariamente matá-los. Para tal, o laboratório emprega sistemas automatizados de monitoramento de atividade locomotora, sistemas de avaliação da atratividade sensorial (Olfatômetro) além de empregar ferramentas da farmacologia clássica (fármacos agonistas e antagonistas). E para avaliar o efeitos destas substâncias sobre o sistema imune dos insetos, o laboratório emprega métodos de microscopia além de técnicas de biologia celular (histoquímica e imuno-histoquímica) e molecular (ELISA, PCR, Western blot).
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
Quintino Moura Dias Júnior
E-mail: quintino.dias@fiocruz.br
– Estudo multidisciplinar dos processos de imunidade e inflamação, e suas implicações na patogênese das doenças infecto-parasitárias e crônicas não-transmissíveis;
– Aplicação de modelos experimentais de doenças, especialmente em animais, visando ao estudo dos mecanismos fisiopatológicos e à avaliação de procedimentos terapêuticos ou profiláticos;
– Estudo multidisciplinar dos aspectos genéticos e metabólicos, processos de patogênese e evolução de doenças crônico-degenerativas;
– Pesquisa básica pré-clínica das propriedades farmacológicas de compostos sintéticos, semi-sintéticos e de produtos naturais para o desenvolvimento de neuropsicofármacos, anti-inflamatórios, analgésicos, anticonvulsivantes, antitumorais inseticidas e antiparasitários;
– Pesquisa das propriedades farmacológicas de compostos sintéticos, semi-sintéticos e de produtos naturais para o desenvolvimento de moduladores comportamentais e do sistema imune de insetos para o controle de vetores de doenças;
– Avaliação experimental das alterações na resposta inflamatória, nociceptiva e comportamental induzido por fármacos antiparasitários empregados no tratamento da malária em modelos murinos. Neste campo de estudo é dado especial atenção ao impacto do processo fisiopatológico de doenças tropicais e de seu tratamento sobre respostas fisiológicas e do desenvolvimento, manutenção e tratamento de doenças não-infecciosas crônicas inflamatórias e neurodegenerativas (periféricas e centrais).
– Avaliação do efeito de nanocorpos de camelídeos contra a integrina dimérica VLA-4 no desenvolvimento da esclerose múltipla em camundongos;
– Avaliação da atividade antinociceptiva mecânica e térmica de frações do extrato bruto de Piper aduncum L. (Piperaceae) em modelo de lesão por constrição crônica de nervo isquiático em camundongos;
– Avaliação da correlação entre níveis séricos de interleucina-10 e hiperalgesia térmica desenvolvida durante a infecção por Plasmodium berghei em camundongos;
– Efeito da infecção por Plasmodium berghei sobre a resposta nociceptiva em modelo de dor peritoneovisceral em camundongos tratados com antimaláricos;
– Estudo do perfil químico e farmacológico com venenos de anuros da das famílias Bufonidae, Dendrobatidae e Hylidae (Amphibia: Anura) da Amazônia;
– Avaliação do potencial antinociceptivo preemptivo e pós-operatório da administração intratecal de Tingenona B em modelo dor pós-cirúrgica;
– Avaliação do efeito da infecção por Plasmodium berghei e tratamento com antimaláricos sobre a resposta comportamental no teste do nado forçado e labirinto em cruz elevado em camundongos Balb/c;
– Efeito do tratamento com cloroquina + primaquina sobre o limiar da convulsão induzida por pentilenotetrazol durante a malária experimental em camundongos;
– Avaliação do potencial anti-inflamatório, antitumoral, antinociceptivo, ansiolítico, antidepressivo e anticonvulsivante de extrato bruto, frações e isolados de plantas das famílias Piperaceae, Combretaceae, Burseraceae, Rubiaceae e Celastraceae em camundongos;
– Avaliação do efeito do tratamento com antimaláricos sobre a resposta inflamatória e nociceptiva, limiar convulsivo, resposta comportamental em modelo de ansiedade e depressão, durante a malária experimental induzida por Plasmodium berghei em camundongos;
– Avaliação do potencial anti-inflamatório, antinociceptivo, ansiolítico, antidepressivo e anticonvulsivante de extrato bruto de Piper aduncum L. (Piperacea) em camundongos suíços;
– Avaliação do potencial anti-inflamatório e antinociceptivo do extrato bruto de Piper aduncum I. (Piperacea) em modelo de câncer sólido induzido por células tumorais de Ehrlich em camundongos;
– Avaliação do efeito da saliva e hemolinfa de carrapatos da Família Ixodidae sobre a atividade locomotora e perfil hemocitário de mosquitos Aedes Aegypti (Diptera: Culicidae);
– Avaliação do Diazepam sobre a atividade locomotora e perfil hemocitário de mosquitos Aedes Aegypti(Diptera: Culicidae).