Os desafios para o controle e diminuição dos casos de Hepatite em Rondônia, além da formação de profissionais da saúde estão sendo discutidos no I Simpósio de Hepatites Virais de Rondônia, que acontece no auditório do Hotel Rondon, em Porto Velho.
A proposta do evento também é chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce, como destacou, na cerimônia de abertura, o representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Elton Carlos de Almeida. Segundo ele “ainda é grande o número de pessoas que convivem com a hepatite e não sabem que são portadoras do vírus”. Nesse sentido, o Ministério da Saúde trabalha na implementação do Plano Amazônico e Plano para Eliminação da Hepatite C, em todos os estados da região Norte do país.
A vice-coordenadora de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz RO, Deusilene Vieira, reforçou a necessidade de avançarmos no diagnóstico das hepatites, uma vez que no estado de Rondônia a doença tem grande prevalência. Para se ter uma ideia, em 26 anos, o ambulatório de Hepatites Virais do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem) alcançou o registro de 7.377 pacientes crônicos cadastrados. Só em 2019, entre os meses de janeiro e junho, 130 novos casos de hepatite foram registrados no ambulatório, a maioria de Hepatite B.
Deusilene Vieira, responsável pelo Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz RO, ressaltou a importância de estudos desenvolvidos com foco na descoberta de novas técnicas para o diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de hepatites, afirmando que “Em 2019, completaremos 30 anos da descoberta do vírus da Hepatite C, uma doença silenciosa responsável por uma grande incidência de transplantes no país”. Ainda segundo ela, se a doença for diagnosticada precocemente o paciente tem grande chance de cura, pois o tratamento é altamente eficaz.
Para a gerente estadual de Vigilância Epidemiológica da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, os municípios têm dado grande contribuição com campanhas e ações voltadas à conscientização, mas é preciso “combater a descontinuidade no tratamento de pacientes, trabalhar na ampliação dos testes rápidos e oferecer formação continuada aos profissionais da saúde”.
O I Simpósio de Hepatites Virais de RO é realizado numa parceria entre a Agevisa e Fiocruz Rondônia. A programação continua até a próxima sexta-feira (05/07).
Texto: José Gadelha
Fotos: José Gadelha