Fiocruz Rondônia e Unir recebem novos alunos de mestrado e doutorado em Biologia Experimental

Com 65 alunos matriculados, Pós-Graduação em Biologia Experimental funciona na modalidade associativa, entre Fiocruz Rondônia e Unir, desde 2021, trazendo mais oportunidades de formação stricto sensu à população rondoniense.

quinta-feira, 25 de abril de 2024 |

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental (PGBIOEXP) realizou, entre os dias 16 e 19 de abril, a recepção aos 16 novos alunos de mestrado e doutorado. Uma programação variada que trouxe ao debate temas importantes como a “Ética em Pesquisa na Pós-Graduação”; o “Papel do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) na Fiocruz RO”, além de orientações sobre questões de “Biossegurança em Pesquisa”; a “Gestão da Qualidade e o compromisso dos alunos da Pós-Graduação; passando por noções introdutórios sobre a “Comissão de Ética no Uso de Animais”. Conhecimentos que, a partir de agora, começam a fazer parte da rotina acadêmica dos novos estudantes.

Recepção ocorreu no auditório do Centro de Educação Técnico-Profissional na Área de Saúde de Rondônia (CETAS/RO). Foto: José Gadelha

O debate em torno das “Políticas Afirmativas para a garantia de igualdade de oportunidades e equidade de direitos” também esteve presente no evento. Hilda Gomes e Bárbara Aires, da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (CEDIPA-Fiocruz), explanaram o assunto trazendo um olhar diferenciado de quem entende e vivencia, de perto, a luta contra o preconceito, a falta de oportunidades, e as diferentes formas de exclusão social, que só acentuam a desigualdade no país.  

Na palestra de encerramento, Hilda destacou as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas na Fiocruz, ancoradas em legislação vigente sobre o tema, a exemplo de cursos de especialização e até mesmo disciplinas transversais aos diferentes programas de Pós-Graduação, que envolvem as relações étnico-raciais e os direitos humanos; equidade e ações afirmativas; desigualdades sociais na atenção à saúde e acessibilidade e saúde, dentre outras abordagens. A criação dos comitês de Pró-equidade de Gênero e Raça e Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, vinculados à CEDIPA, também foi apontada como iniciativa que potencializa as políticas voltadas à diversidade e inclusão.

Segundo Hilda,

a busca pela igualdade de oportunidades e a equidade de direitos é uma luta de todos nós, cidadãos e cidadãs, por isso, esse diálogo com a comunidade acadêmica e com os pesquisadores da Fiocruz Rondônia é importante, pois também precisamos nos fortalecer institucionalmente, em relação à implementação das políticas afirmativas, para alcançarmos uma sociedade menos desigual”.

Durante o evento, o coordenador geral do PGBIOEXP, Gabriel Eduardo Melim Ferreira, pontuou os avanços da Pós-Graduação e o impacto das pesquisas científicas para o desenvolvimento da região, especialmente na formação de recursos humanos na área da saúde. Atualmente, o Programa conta com 65 alunos de mestrado e doutorado matriculados, com uma produção de 50 artigos anuais publicados por pesquisadores e discentes em revistas científicas e periódicos de alto impacto. Para Gabriel,

qualificação de recursos humanos associada à pesquisa científica na área de saúde tem um impacto social direto e a humanização da pós-graduação e o acolhimento dos novos alunos por docentes e discentes são ações importantes para propiciarmos um ambiente emocionalmente mais seguro para os que estão iniciando ou consolidando suas trajetórias na pesquisa.”

Curso associativo

Desde 2021, o PGBIOEXP funciona na modalidade associativa com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), trazendo mais oportunidades de formação acadêmica stricto sensu à comunidade rondoniense e, também, permitindo um maior intercâmbio aos pós-graduandos em suas áreas de atuação.

PGBIOEXP é oportunidade de formação stricto sensu para jovens rondonienses. Na foto, identificação taxonômica de insetos de interesse médico, no Laboratório de Entomologia da Fiocruz RO. Foto: Rodrigo Mexas

O coordenador da Fiocruz Rondônia, Jansen Medeiros, esteve presente no evento e compartilhou com os novos estudantes os desafios da pesquisa, numa época em que o acesso a textos e publicações científicas – o que é essencial no cotidiano de qualquer pesquisador – era inviabilizado pelas condições de internet que se tinha. Para ele, “essas barreiras, hoje, já não existem mais, além de que a Fiocruz oferece, por meio de bolsas e diversos incentivos, um leque de oportunidades aos seus alunos”.

As pesquisadoras Najla Matos, Deusilene Vieira e Soraya Santos, da Fiocruz RO, e o coordenador do PGBIOEXP na Unir, Christian Collins Kuehn, também trouxeram suas vivências e relatos pessoais na pesquisa, como forma de incentivo aos novos estudantes no início desta jornada na carreira científica.

Texto: José Gadelha