Fiocruz Rondônia e DSEI Porto Velho atuam no combate a arboviroses em comunidade indígena

Indígenas da aldeia Karitiana, a 96 km de Porto Velho, foram atendidos com palestras de conscientização e testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

terça-feira, 19 de março de 2024 |
Indígenas e lideranças receberam orientações sobre arboviroses

Indígenas da aldeia Karitiana, localizada a 96 km de Porto Velho, foram atendidos (11/03) em uma ação organizada pela Fiocruz Rondônia em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI – Porto Velho).

Na ação, pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular realizaram palestras sobre as arboviroses, especialmente a dengue, mayaro e a febre oropouche, doenças que já vêm sendo monitoradas pela Fiocruz Rondônia. Na comunidade, vivem 154 indígenas atualmente. Eles também foram atendidos com testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Terezinha Oliveira, enfermeira coordenadora do DSEI – Polo Base Porto Velho esclarece que as doenças estão sendo notificadas pelos sinais e sintomas que os indígenas apresentam, por isso “esses testes são fundamentais para identificar precocemente a presença de qualquer enfermidade, permitindo que o tratamento seja iniciado o mais rapidamente possível, além de reduzir os riscos de transmissão”. Ela também enfatiza a importância das palestras para a conscientização da população indígena acerca das arboviroses e a necessidade do diagnóstico adequado.

O trabalho integrado da Fiocruz Rondônia e a equipe de saúde do DSEI Porto Velho reforça a preocupação de ambas as instituições para o fortalecimento das políticas públicas voltadas as populações indígenas de Rondônia e região.

Estas ações de educação em saúde, bem como o monitoramento que realizamos são essenciais para reduzir os riscos de transmissão de doenças e possibilitam o acesso destas populações, geralmente vulnerabilizadas, a estratégias eficazes de enfrentamento aos desafios da saúde”,

destaca Deusilene Vieira, pesquisadora em Saúde Pública e chefe do Laboratório de Virologia Molecular.

Texto: José Gadelha