Pesquisadores e acadêmicos de Pós-graduação, da Fiocruz Rondônia, ofereceram uma capacitação sobre “Práticas Laboratoriais” a estudantes do Ensino Médio do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), campus Guajará-Mirim.
As atividades foram desenvolvidas dentro da programação do curso Técnico em Biotecnologia e compreenderam dois módulos, entre os dias 11 e 22 de julho de forma presencial, atendendo as recomendações de prevenção e segurança, em virtude da Covid-19.
Os estudantes receberam instruções sobre biossegurança, microbiologia, micologia, preparação de bioativos, técnicas para o controle vetorial, biologia molecular, eletroforese e recombinação gênica.
Nosso curso é relativamente novo e, atualmente, temos apenas duas turmas de egressos. Em 2022, estamos caminhando para a terceira turma e a nossa missão é inserir no mercado de trabalho profissionais com grande capacidade técnica, com um diferencial na formação dos nossos estudantes, por isso é motivo de orgulho alcançarmos essa parceria com a Fiocruz Rondônia, uma instituição de renome mundial”,
declara o coordenador do curso, Igor Feijó do Santos, professor do IFRO/Guajará-Mirim.
Deusilene Vieira, pesquisadora em Saúde Pública e chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Rondônia, explica que foram envolvidos pesquisadores, acadêmicos de pós-graduação e colaboradores, representando diferentes laboratórios da instituição, plataformas, e o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem). O curso teve carga horária de 80h, sendo oito horas diárias, divididas em dois turnos, “foi um momento bastante intenso com o esforço e a dedicação de uma equipe preocupada não somente com a popularização do conhecimento científico na área da saúde, mas com a formação de estudantes mais humanizados atentos às demandas de sua localidade”, enfatiza a pesquisadora.
A estudante Isis de Lima Pontes Pires agradeceu a disponibilidade dos profissionais e destacou que o curso foi uma experiência recompensadora, “como jovem, me sinto muito privilegiada, por ter recebido essa oportunidade tão cedo, em minha formação”. Sentimento também de gratidão foi compartilhado pelo estudante Felipe da Silva Azogue, que viu nesta capacitação
Uma oportunidade de aprimorar os conhecimentos em técnicas e conceitos que vão fazer a diferença no futuro, no mercado de trabalho”.
De acordo com o coordenador da Fiocruz Rondônia, Jansen Fernandes de Medeiros, é preciso aprimorar cada vez mais as relações entre as instituições de pesquisa e ensino que atuam na Amazônia, considerando as múltiplas carências que são observadas em cada localidade, e “são experiências como esta, vivenciada por pesquisadores e estudantes em Guajará-Mirim, que demonstram para a sociedade a dimensão do nosso trabalho, enquanto instituição de ensino e pesquisa dedicada à transformar realidades, por meio do conhecimento que construímos e tanto valorizamos”, finalizou.
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Texto: José Gadelha
Fotos: IFRO/Guajará-Mirim