Com o objetivo de mobilizar esforços para a retomada das obras de construção da sua sede própria, em Porto Velho, a direção da Fiocruz Rondônia vem participando, nos últimos dias, de reuniões com o Governo e representantes da bancada federal do Estado. Desde a sua implantação em Rondônia, como Escritório Técnico, a Fiocruz Rondônia funciona na rua da Beira, no bairro Lagoa, em um prédio alugado.
A apresentação da obra do Polo Tecnológico de Pesquisa, Inovação, Desenvolvimento e Difusão em Saúde do Estado de Rondônia foi realizada em novembro de 2017, na gestão do governador Confúcio Moura, em solenidade que contou com a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, George Braga, o ex-reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Ari Miguel Otti, o diretor do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem), Mauro Tada, e ainda representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero) e Embrapa. Em novembro de 2019, devido a atrasos na construção, o contrato com a construtora foi rescindido e as obras paralisadas.
A área em que deve ser construída a obra, fica localizada na BR 364 ao lado da Embrapa/RO, sentido Cuiabá, em um terreno cedido pela Unir, mediante contrato de cessão celebrado em 2013. Com um total de área construída estimada em 14.648,09 m², o Polo Tecnológico representa a realização de um sonho que começou no coração do professor Luiz Hildebrando Pereira da Silva, idealizador do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro), que passou a abrigar em suas instalações a Fiocruz Rondônia, no ano de 2009. O projeto original foi o último a ser assinado por Oscar Niemeyer para a construção do Ipepatro, tendo sido doado por Luiz Hildebrando para a Fiocruz Rondônia.
De acordo com Mauro Tada, diretor geral do Cepem, o Polo Tecnológico já está em atividade, “uma vez que já desenvolvemos diversos projetos de pesquisa e ensino em parceria com outras instituições de pesquisa ao longo dos anos”. Segundo ele, o essencial agora é que se possa efetivar a retomada das obras, considerando a sua importância para a sobrevivência das pesquisas, diante de qualquer adversidade. Mauro Tada enfatizou que com o Polo Tecnológico será possível dar prosseguimento a projetos de pesquisa que já estão em andamento, e cada instituição que venha participar do Polo poderá atuar de uma forma mais integrada, “de maneira que todas poderão ter uma força muito maior, ao invés de trabalharem separadamente”, pontuou.
O diretor da Fiocruz Rondônia, Jansen Fernandes Medeiros, destacou que esta é uma “obra de extrema importância para a região, sendo a Fundação Oswaldo Cruz uma das mais importantes instituições de Ciência e Tecnologia em Saúde no Brasil”.
Para o pesquisador, se faz cada vez mais necessário aperfeiçoar o diálogo com as diferentes instâncias de poder, juntamente com a pesquisa e as atividades de ensino, pois só desta forma “poderemos enfrentar os muitos desafios impostos à região amazônica”. Com as obras do Polo concluídas, será possível dar respostas mais eficientes e satisfatórias às necessidades da população rondoniense.
Veja aqui o vídeo da maquete eletrônica do Polo Tecnológico.
Texto: José Gadelha
Fotos: José Gadelha/Acervo Fiocruz RO